quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Considerações políticas para a música jovem:

A identidade política presente na música feita hoje no Brasil, merece ser pensada de acordo com o ambiente de classe. Quando desejamos compreender as atitudes do ouvinte, devemos saber exatamente como ele pensa, isto é, qual seria a sua posição política de classe. Longe de mim cair naquela onda mecanicista, como se a condição sócio econômica determinasse mecanicamente o gosto musical. É claro que isto seria um erro. Porém, a luta de classes exprime suas melodias... Por exemplo, existe um fator de classe quando muitos jovens de periferia definem o rock como sendo música de "playboy ".  Preso ao ambiente de classe média, os chamados " clássicos do rock " são itens de jovens bem abastados. Ao mesmo tempo ninguém consegue contestar o fato do rock ter contribuído muito para a contestação da ordem social estabelecida.
 A música pode exprimir o conflito de classe mas não define de antemão a consciência de classe. Samba, rap e punk rock podem denunciar e ser expressões musicais da juventude de esquerda. No entanto, o alcance desta compreensão que passa pelas sensações despertadas a um só tempo pelo som e pela letra da canção, limita-se a poucos militantes. Um sindicalista combativo e logo comprometido com a sua categoria, pode ser tremendamente conservador em seu gosto musical.
 Uma das tarefas mais importantes hoje para a esquerda, passa pela necessidade de uma educação musical. Esta é uma aliada no cotidiano do proletariado.


                                                                         
                                                                                    Tupinik









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