quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Não existe imprensa cultural sem posição política:

Da mesma maneira que a arte e a literatura assumem uma posição política na sociedade de classes, a imprensa que toma a cultura como objeto de análise, não pode deixar de fazer o mesmo. Sob as atuais e elevadas polêmicas entre a grande mídia e o governo brasileiro, é preciso que os periódicos que se voltam(parcialmente ou integralmente) para o debate artístico, assumam uma posição. Esta última no entanto, não se realiza necessariamente em prol do governo ou nem mesmo de um partido político. A linha editorial que uma publicação cultural de esquerda pretende alcançar, conflui para uma posição que contempla os interesses políticos da classe trabalhadora, podendo abranger assim diferentes aderências político partidárias no seio de uma mesma redação(tal alinhamento deve estimular o debate político). 
 O papel de organização da cultura reservado aos artistas e aqueles que escrevem sobre assuntos artísticos, faz de um periódico expressão da luta de classes. O objetivo da imprensa cultural afinada ao socialismo, é contribuir para educar politicamente a sensibilidade dos trabalhadores, abrindo seus sentidos e aflorando uma leitura crítica da realidade. Estimulando a reflexão sobre a importância da cultura na consolidação do poder popular, a imprensa cultural de esquerda aciona qualidades intelectuais em contraste com os meios de comunicação financiados pelo poder do capital. Para darmos prosseguimento a estas iniciativas, se faz necessário inclusive pesquisar (e aprender) com a História dos próprios periódicos de esquerda voltados para assuntos literários e artísticos.
 É hora de aprofundarmos o trabalho cultural progressista.

                                                                        Conselho Editorial Lanterna

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