sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aonde estão os pensadores do cinema brasileiro?

Se boa parte do cinema brasileiro migra para o cinemão, é porque os cineastas estão afastados da realidade concreta do Brasil. Filmar implica em honestidade intelectual, pois nenhuma forma de olhar separa-se das convicções políticas de quem filma. Isto pode até soar óbvio demais, porém é o que falta para alguns cineastas brasileiros: fisgados pela formação neoliberal voltada para boa parte da pequena burguesia brasileira, estes cineastas  babam ovo pelo poder econômico de um cinema fundado na alienação. Não necessitamos assim de quilos de filmes convencionais, mas de um autêntico pensamento cinematográfico brasileiro.
 Volto a tocar na questão sobre a necessidade de uma fundamentação teórica marxista para o cinema brasileiro. É preciso que se leia críticos como Alex Viany: este sim um pensador revolucionário do cinema. Viany nos ensina sobre a urgência do cinema problematizar a representação da sociedade brasileira. A trilha de uma estética realista é o caminho correto para que o filme possa captar as contradições econômicas e as tensões políticas de um país atravessado por contrastes sociais. Que se leia Alex Viany! Filmemos o Brasil através de uma lente materialista, histórica e dialética!


                                                                                    Geraldo Vermelhão

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