Neste 13 de dezembro de 2013, não podemos esquecer o dia 13 de dezembro de 1968. Um cheiro de sangue seco ainda pode ser sentido após a implementação do Ato Institucional Número 05, quando a ditadura militar intensificou a repressão política. Fazendo jus á Gestapo , o regime militar brasileiro afetou também, como é sabido, a vida de artistas e intelectuais através de prisões , perseguições e torturas. Epa, " como é sabido "? Não, infelizmente a ditadura fez as suas sementes de barbárie florescerem hoje em dia na cabeça de esterco de muita gente: é comum ouvirmos que a ditadura colocou " ordem "(rs) e " salvou "(aí já é demais...) o Brasil dos comunistas, dos depravados, dos maconheiros, dos marcianos, enfim, de todos aqueles que a extrema direita classifica ainda hoje como subversivos/pecadores. Uma direita delirante sob a luxuosa etiqueta de neoconservadora, ameaça a memória de todos aqueles que levantaram a voz contra a repressão(seja com cartazes, metralhadoras, violões, câmeras, máquinas de escrever, etc). Ridicularizar e criminalizar militantes do passado, inclusive aqueles situados no campo da arte revolucionária, significa também abrir as portas do porão para a atual geração de militantes: se a burguesia tentou calar a boca dos revolucionários ontem, ela também pode faze-lo novamente hoje.
Enquanto autores que pensam e praticam arte revolucionária, temos um compromisso com a memória de poetas, escritores, músicos, cineastas, atores, pintores, enfim militantes, que por estarem ao lado da classe trabalhadora, ao lado das forças que representam a liberdade contra um sistema de injustiças(ainda que alguns destes artistas representem a liberdade apenas sob o seu aspecto formal), devem ser estudados e transformados em referências históricas.
Não vamos dar o gostinho da vitória aos fascistas, bem como aos amantes dos fascistas. Estamos permanentemente em guarda.
Conselho Editorial Lanterna
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