As egretes de tua voz jorrando da sarça ardente de
teus lábios
Onde o cavaleiro de La Barre gostaria de consumir-se
As tarrafas de rapina dos teus olhares pescando sem
perceber todas as sardinhas de minha cabeça
teu sopro selvagem de amores-perfeitos
refletindo-se do teto nos meus pés
me atravessam de lado a lado
me seguem e me precedem
me adormecem e me acordam
me jogam pela janela para me fazer subir pelo
elevador
e reciprocamente
Benjamin Péret, 1936.
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