quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O compromisso com a imaginação criadora:

Se um artista deseja realmente colocar sua obra enquanto contribuição efetiva para a emancipação humana, então ele não pode castrar sua própria imaginação. É precisamente nos recôncavos da sensibilidade, nas ocultas camadas do ser, que o artista identificado com a luta contra o mundo por assim dizer burguês, deve lançar-se sem medo. Quem teme a este mergulho interior, precisa observar que os artistas mais avançados da modernidade, foram bem fundo nessa. Frida Kahlo que o diga.
 Frida foi um pintora que decididamente mobilizou todos os seus modos de expressão de acordo com suas intensas emoções e experiências(inclusive as mais trágicas de sua vida). Sua obra representa um dos pontos altos da vanguarda mexicana do começo do século passado. Enquanto que alguns pintores mexicanos, como Siqueiros, adequaram sua arte aos propósitos limitadíssimos do realismo socialista, Frida foi livre: sua obra e conduta pessoal confluem para uma postura existencial que desafia os padrões morais da classe dominante. Sendo assim, recomendamos aos artistas de esquerda que não deixem de olhar atentamente para o fundo de si mesmos.


                                                                                                  Os Independentes    

Nenhum comentário:

Postar um comentário