quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O legado de Boal:

O fato da plateia de qualquer teatro existente no interior da economia capitalista, ser inevitavelmente  expressão da sociedade de classes, faz com que o espetáculo encenado revele uma posição política sobre tal sociedade. A obviedade desta afirmação, leva-nos em direção a teatrólogos como Augusto Boal: este foi um artista que optou pelos trabalhadores, pelos oprimidos. O seu projeto estético comprometido com o povo brasileiro e a sua cultura, é de grande atualidade; de modo que o teatro político no Brasil conheceu a sua maturidade e consistência com Boal. A influência do teatrólogo dos oprimidos nos nossos dias, se faz presente em vários grupos teatrais de esquerda. Afim de ampliar esta influência, precisamos prestigiar o Projeto Boal: trata-se de uma importante exposição que está ocorrendo no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Esta iniciativa conta com parte do acervo do teatrólogo brasileiro.
 É no mínimo obrigatório que atores, dramaturgos e diretores de teatro conheçam de maneira aprofundada o legado de Augusto Boal. Não podemos permitir que a barbárie promovida pela ditadura militar, deixe  soterrada a dramaturgia e a teoria deste que é um dos mais combativos nomes das artes cênicas no Brasil. É preciso que as novas gerações aprendam e pratiquem este modelo insuperável de teatro revolucionário.


                                                                                                      Lenito 

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