Dentre os muralistas mexicanos, Diego Rivera foi certamente o mais ousado do ponto de vista artístico e político. Uma explosiva síntese plástica entre diferentes imagens, gera prodigiosos resultados: a exploração do trabalho, a repressão militar e os traços culturais do povo mexicano ganham uma tremenda amplitude expressiva nas obras de Rivera. Diferentemente de um Siqueiros, a pintura de Rivera é progressista não apenas enquanto tema social mas no tratamento moderno e ao mesmo tempo popular que as imagens recebem.
Tratando-se de Rivera, fiquemos com sua pintura e não com suas contradições pessoais. Se ele teve no final dos anos trinta, a coragem exemplar(e a solidariedade) de hospedar em sua residência Leon Trotski e empenhar-se na construção da IV Internacional, no pós guerra Rivera adere ao stalinismo. Mas deixemos isto de lado para nos concentrarmos nas lições revolucionárias dos seus afrescos. A pintura de Rivera representa para um artista de rua atual, um grande passo na direção de uma arte capaz de condensar as lutas sociais e as características culturais dos povos oprimidos. Olhemos com atenção para a magnitude que exala da arte deste que é o mais importante pintor mexicano do século passado.
Os Independentes
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