A exposição Gravura e Modernidade, em cartaz na Estação Pinacoteca, em São Paulo, revela não apenas importantes artistas brasileiros: ela nos mostra que vários deles eram artistas de esquerda, comprometidos com a denúncia e a crítica social. A exposição traz dentro do recorte histórico que vai da década de vinte até a década de sessenta, uma reunião de gravuras que integram-se ao melhor do legado de nossa arte moderna.
A arte de cunho social revela-se em vários trabalhos. Caberia destacar por exemplo Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, ambos engajadíssimos. O evento traz ilustrações de Goeldi para o romance Mar Morto, de Jorge Amado. Verificamos neste caso em particular, um encontro fecundo entre a literatura que apresenta o realismo social com uma concepção de gravura que não apenas ilustra mas potencializa, sob o ponto de vista estético e político, as intenções progressistas do romance. Imperdível
Geraldo Vermelhão
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