Pronunciar o nome de Wassily Kandinsky significa dizer arte moderna; sobretudo em sua acepção mais radical, e que portanto contesta as tradições artísticas ocidentais. Isto pode ser constatado na exposição " Tudo Começa num ponto ", que apresenta o legado estético deste grande pintor russo. O evento inicia-se nesta próxima quarta feira(dia 12) em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil. Dos 25 trabalhos expostos de Kandinsky, é possível extrair uma das mais intensas revelações plásticas da História da arte.
Kandinsky foi certamente o artista que recusou a função figurativa da pintura, para valorizar na forma livre e na cor independente a obra de arte enquanto um fim em si mesma. Formalismo? Não, a abstração ampliou as possibilidades criativas da arte redefinindo sua natureza comunicativa: a experiência estética não deve curvar-se a uma mensagem objetiva, fazendo do artista um simples mensageiro da " informação " acerca de objetos " externos ". Com a abstração encabeçada radicalmente pelo pintor russo, chega-se a uma redefinição psicológica da relação entre obra e espectador: as formas que emanam na tela por exemplo, possuem significados próprios, misteriosos. É pois esta libertação que fez a arte moderna subir mais um degrau na contestação ao gosto burguês.
Kandinsky, teve uma trajetória e tanto: de principal cabeça do grupo vanguardista Cavaleiro Azul, na cidade de Munique em 1911, até a sua colaboração como professor na Bauhaus, o artista russo participou de uma explosiva revolução cultural. Não se pode negar a sua influência decisiva nos movimentos de vanguarda do século passado. Todo este ímpeto de ruptura deve ser estudado pelos artistas dispostos a revolucionar a arte e a sociedade.
Lenito
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