sexta-feira, 4 de abril de 2014

Lukács ataca a literatura moderna:

(...) A literatura " moderna " não está em condições de provocar estes momentos dramáticos, nos quais a quantidade se transforma em qualidade. Ela não constrói suas composições na dinâmica dos contrastes da realidade objetiva, já que no mundo cotidiano os contrastes jamais se explicam até o fim, de modo que situações falsas, ou mesmo " insustentáveis ", podem nele se manter por um tempo extraordinariamente longo. Este método compositivo não é contraditado, mas antes reforçado, pela predileção em descrever violentas catástrofes e explosões. E isto porque tais catástrofes e explosões tem sempre um caráter irracional; tão logo cessam, a vida retoma o seu curso habitual(...).


                                                                                  Gyorgy Lukács

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