segunda-feira, 21 de abril de 2014

O cinema brasileiro deve se levantar contra o imperialismo:

Nos meios cinematográficos está ocorrendo uma discussão em torno da questão da chamada Cota de filmes. Esta medida que visa garantir um espacinho nas salas de exibição para o cinema brasileiro, vem sendo discutida entre cineastas, produtores, distribuidores, críticos, etc(algumas pessoas chegam até mesmo a pedir a sua revogação). No nosso entender este mecanismo governamental garante um pãozinho cinematográfico, que está longe de matar a nossa fome cultural perante o cinema imperialista norte americano. Sem a Cota de filmes não temos sequer chance de competir com Hollywood, mas quem disse que o cinema brasileiro deve dançar conforme a música do mercado? Para muitos cineastas mergulhados no liberalismo, o cinema brasileiro deve ser um fenômeno de público(como alguns filmes já o são) e portanto estar integrado ao esquema econômico inseparável dos apelos convencionais de estéticas abobalhadas, cuja função é cumprir uma missão comercial. Estes caras desejam apenas blockbusters, o que em nossa opinião é a concessão do colonizado ao gosto, aos padrões culturais do colonizador.   
   Aproveitando a data deste 21 de abril, precisamos pensar um movimento cinematográfico separatista...  É claro que não precisamos sacrificar filmes como bodes expiatórios, mas defender a politização do nosso cinema. O filme deve ser encarado enquanto arma educativa que precisa descolonizar o olhar, revolucionar a sensibilidade dos trabalhadores brasileiros. Precisamos de uma produção audiovisual feita na marra, capaz de circular em salas públicas de exibição, bem como em escolas e sindicatos. Isto já é feito! Já é realidade cultural! O que precisamos é ampliar uma produção audiovisual que enfrente o imperialismo. Algum crítico ou cineasta " eclético " poderia dizer que o Brasil precisa tanto de filmes comerciais quanto de " filmes de arte ". Abaixo esta falsa dicotomia! Brecht já nos ensinou que é possível pensar e curtir ao mesmo tempo. Portanto, o que falta ao cinema brasileiro é um projeto político revolucionário capaz de divertir, fazer pensar e formar um público cujos interesses históricos passam pela libertação.


                                                                                        Lenito

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