sexta-feira, 25 de abril de 2014

No musical " Walmor Y Cacilda 64- Robogolpe ", Zé Celso pretende reafirmar o poder do teatro:

Zé Celso, o incansável guerrilheiro antropófago, reafirma mais uma vez o poder libertário do teatro no espetáculo Walmor Y Cacilda 64- Robogolpe, que estreia hoje no Teatro Oficina, em São Paulo. A capacidade de síntese entre períodos históricos e diferentes contextos estéticos ainda é o grande barato do diretor. O sistema capitalista em sua brutalidade está representado tanto no Dopes quanto no tanque de guerra humano denominado Robogolpe. A cósmica acidez política do musical promete; afinal, a opressão permeia entre 1964 e 2014 o mesmo palco brasileiro. 
 Em socorro á liberdade, Zé defende que o artista gera ao lado do povo formas de oposição á força bruta. É a crise de um poeta respondida pelo poder de subversão das forças da natureza:  a magia da arte, o elemento vital que assegura a nossa liberdade. É a luta do teatro contra a opressão, exposta quando os atores Walmor Chagas e Cacilda Becker(personagens da peça) são interrogados pelas autoridades. Que sacada histórica! Tudo indica que a companhia promete um espetáculo pra lá dos bons.
  Em cartaz aos sábados (21 h) e Domingos(19 h) esta temporada se estende até 1 de junho.  Saudamos o Teatro Oficina por mais este exemplo de criatividade e crença de que o ato teatral colabora(mais do que se possa supor) com a emancipação social. Merda!


                                                                                Geraldo Vermelhão
  

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