A opressão econômica e os seus efeitos na cultura, geralmente levaram a juventude das periferias a pegar o busão e ir até o " centro ", até ás grandes bibliotecas ou ir então até ás livrarias dos shoppings em busca de informações sobre literatura. Entretanto, tudo indica que este itinerário está sendo invertido pela própria produção e agitação literária das periferias.
Para que a literatura produzida por jovens trabalhadores minem de fato o elitismo intelectual, é preciso que exista um esforço na consolidação de bibliotecas e saraus nos bairros das cidades brasileiras. Sem ficar dependendo do poder público, militantes podem ajudar neste processo através da construção de um acervo capaz de abranger o melhor da História literária brasileira e internacional. Hoje em cidades como São Paulo e Campinas, existe uma pequena mas formidável agitação em torno de movimentos que procuram ocupar as praças dos bairros e promover leituras de poesia e prosa. É hora da imprensa digital de esquerda articulada com as redes sociais, ajudar na promoção destes encontros que fazem da literatura um instrumento valioso de expressão popular.
Que os acadêmicos fiquem em seus gabinetes, segurando livros em frente ao espelho. A verdadeira literatura está aonde o povo está!
Lúcia Gravas
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