Uma das inúmeras funções reacionárias do nacionalismo é ocultar a existência das classes sociais. No futebol por exemplo(e sabemos que este não é hoje um exemplo aleatório), fala-se em Brasil, México, Camarões, Alemanha, sendo que a bola não diz com precisão se estamos falando de burgueses, classe média ou proletariado(intencionalmente procuram confundir estas duas últimas classes como sendo uma única e mesma coisa). Bem, a busca por expressões culturais que possam revelar um ponto de vista crítico, nos levam por exemplo á pintura ; em especial á pintura dos grandes muralistas mexicanos.
É preciso que os muros falem porque eles podem significar uma fonte valiosa de reflexão histórica, de ilustração da luta de classes. Rivera, Orozco, Siqueiros e outros pintores mexicanos do início do século passado, revelaram para uma grande maioria de camponeses analfabetos os dramas e as lutas do povo mexicano. Esta dimensão documental em que a tinta faz explodir imagens monumentais, precisa ser definitivamente incorporada pelos grafiteiros e artistas de rua em geral. Valorizando de modo didático e moderno as peculiaridades culturais e as lutas dos povos latino americanos, africanos e das outras regiões exploradas pelo capital, poderemos falar em um passo importante no combate ao panis et cirscence futebolístico.
Geraldo Vermelhão
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