domingo, 1 de junho de 2014

Necessitamos de registros audiovisuais da luta anticapitalista:

Que as novas mídias registram as lutas dos movimentos sociais, isto já é um fato que ameaça o controle ideológico da imprensa chapa branca sobre os acontecimentos do dia a dia. Mas do ponto de vista da criação, da elaboração de linguagens que exprimam a visão dos manifestantes sobre os fatos, é preciso estimular dentro dos partidos de esquerda e entre ativistas libertários, estratégias audiovisuais. Para avançar nesta evidência histórica, inclusive sob uma perspectiva estética e de contestação política, devemos estabelecer 3 processos na consolidação de um produto audiovisual que contribua para o avanço cinematográfico dentro da esquerda:
a) Como filmar: procurar na captação dos diferentes ângulos, no registro dos conflitos(em greves e passeatas, por exemplo) o que diferencia a linguagem cinematográfica revolucionária do telejornalismo convencional. Priorizar depoimentos de operários e militantes.
b) Durante a edição selecionar imagens em uma sequência que rompa com a narrativa linear e com as ilusões naturalistas, tão comuns na mídia burguesa.
c) Fazer circular o produto audiovisual em salas públicas de exibição. Neste momento o(s) diretor(es) deve promover o debate com os espectadores afim de refletir sobre os resultados estéticos e o alcance da ideia política no plano do filme. 


                                                                           Lúcia Gravas

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