quarta-feira, 25 de junho de 2014

Arte operária contra os reacionários pós moderninhos:

O conflitos entre as classes sociais são fatos diários, assim como a miséria que o imperialismo promove. Mas aí, descolados da realidade material, surgem entre artistas e intelectuais aquelas figuras que habitam o reino encantado da filosofia pós moderna. Para eles não existem conceitos e nem situações concretas, mas uma invenção que " re-significa " os acontecimentos históricos. Que gracinha! Então quer dizer que, tratando-se de arte por exemplo, não caberia a nós exprimir lutas sociais mas sim uma ótica estilhaçada, feita de imagens fragmentadas(sem relações com " o todo "), de discursos desenraizados em que nada é definitivo mas " em aberto " , flutuante; enfim uma fofura filosófica que a burguesia põe no colo e dá de mamar. Os resultados deste tipo de filosofia que norteia as reflexões estéticas de boa parte de artistas universotários, só podem ser os cacos de personalidades vazias. Naquilo que envolve a questão do corpo problematizado em performances e fotografias(afinal o corpo é a verdadeira obsessão para os fantasmas de uma sexualidade formada no berço burguês) não é a genitália que chama atenção mas o nariz empinado. Sim, na estética do umbigo, mais vale a pose do que os fatos sociais. Mais importante é o status de artista individual do que a miséria econômica. A pobreza é isolada por uma grande vitrine aonde se escondem estetas, que no fundo morrem de medo do proletariado acabar com a farra capitalista que sustenta o elitismo das universidades e das instituições de arte. 
  Sinto informar a estes artistas alegres, mas a luta política operária e suas formas culturais, não desapareceram. Eles podem até tentar fugir dos fatos e espremer a última gota do vinho de Dionísio patrocinado por Nietzsche. Eles podem recitar Foucault e Deleuze e outros pensadores que de " tão libertários " em suas meditações estéticas, foram acadêmicos bem sucedidos. Mas não adianta: os cacos das  obras de arte pós-modernas, não dizem nada sobre os problemas fundamentais do nosso tempo. Se alguém quiser saber aonde estão as sementes da arte futura, então dê uma lida em romances periféricos e prisionais. Assista vídeos de coletivos militantes. Observe as pinturas dos muros das periferias e os cartazes de protesto. Participe do teatro de rua organizado por socialistas. Tudo isto envolve a arte que serve aos interesses da classe operária; e burocrata é a vovózinha! 

                                                                                   José Ferroso  
 

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