A percepção do indivíduo massificado pode ser contraposta pelas formas desinteressadas. Enquanto as estéticas publicitárias dão ordens num fascismo invisível e cotidiano, as formas abstratas na pintura, na escultura e nas instalações cumprem enquanto esforços vanguardistas de outrora, uma tentativa de reeducação hoje.
Quando as linhas de um desenho forem entendidas enquanto possibilidades rumo ao infinito, a mediocridade capitalista será desafiada. Da tela ao espaço físico, as formas geométricas arrebentam com as fronteiras nacionais numa visão comum, comunista, do homem. Uma arte que pretende contribuir com a transformação política, não pode deixar de levar em conta este ponto de vista. Não é a única perspectiva estética dos artistas socialistas: claro, existem várias outras correntes importantes da arte moderna. Mas quando todos os esforços políticos de esquerda recaem sobre o figurativismo primário, o abstracionismo é no mínimo uma provocação.
Os Independentes
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