quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Intervenção urbana e contestação social:

Nem ateliê, nem museu. A obra de arte se reinventa: sob a intervenção urbana, um grafite, um adesivo ou uma gravura não correm o risco de serem leiloados junto ás pinturas milionárias que movem o mercado de arte. Alguns podem até se submeter a isso, mas as lições da intervenção artística em espaços públicos anunciam uma importante cultura de natureza anticapitalista.
  Dentro das tendências artísticas que caminham para o estranhamento e a crítica social, o importante não é o gênio individual. Embora existam diferenças estilísticas que conferem individualidade a artistas(Bansky, Pejac, Bambi, etc) , o que realmente importa é contrastar(anonimamente ou não) com a estética publicitária que converte todas as expressões humanas em pura alienação. Os trabalhadores recebem estímulos visuais altamente libertários quando se deparam com a arte que toma as cidades de assalto: estranhando, rindo ou até se irritando, passantes podem entregar-se á imaginação criadora. Perante os capitalistas, estas experiências são ameaçadoras: elas arrancam os cadeados do olhar.

                                                                                        Os Independentes

Nenhum comentário:

Postar um comentário