terça-feira, 2 de setembro de 2014

Literatura é risco e não enfeite:

Quem escreve se arrisca. E com isto quero dizer que o poeta ou romancista aventura-se ao revelar a sua visão política através da exteriorização do seu universo interior. Se este universo nasce na realidade material pré-existente, então escrever é posicionar-se diante das convenções e do funcionamento da sociedade.Ou seja, o escritor se arrisca diante de uma realidade intolerável, expondo pela força do verbo as fragilidades e os problemas sociais. 
 Escrever é um ato de protesto contra a civilização capitalista, que de tão podre precisa cair do pé da História e ceder espaço para uma vida coletivizada, de onde nascerá uma nova cultura. Nada de letras usadas como bibelô ou bordado de literatos para agradar leitores conformados com suas existências. O mundo de hoje pede escritores capazes de converter a palavra escrita em instrumento revolucionário.


                                                                                               Lúcia Gravas 

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