Na última quinta feira(dia 15) em São Paulo, uma menina linda de cabelos cor de rosa teria dito ao tirar seus fones de ouvido: " Pronto! Já ouvi um pouco de Clash, um pouco de Stones e uma pitada de Rages Against The Machine. Estou pronta para marchar contra a Copa do Mundo ". Sim, é a música uma força cultural que prepara os ânimos no protesto social do Brasil de hoje. Claro que dos 15 mil manifestantes poucos devem ter buscado alimento contestador na música. Pouco importa, pois se as multinacionais criam as musiquinhas que rimam com a Copa, quem está marchando pela rua necessita mesmo é de outras referências estéticas...
Nada de sorrisinhos e dancinhas do otimismo de outrora.Não sendo apenas deleite mas um gozo ameaçador diante da luta de classes, a música ancorada na revolta social precisa ser cultivada. Trata-se de um fermento para a reivindicação dos nossos direitos. O som estridente fica melhor nas ruas do que no bolso do capitalista. Trabalhadores em greve, professores, militantes comunistas e anarquistas, vivem um momento em que a trilha sonora é feita de fúria e esperança. Preparar as canções do dia é tão importante quanto preparar os cartazes de protesto.
Tupinik
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