Saudamos todos os trabalhadores neste Primeiro de Maio. É um momento propício para que façamos uma reflexão sobre a nossa luta, nosso esforço de sobrevivência num mundo escravizado pelo capital. Mas para além de uma reflexão que leva em conta tão somente o dado econômico, devemos pensar também os rumos revolucionários dentro da cultura: é neste campo que a arte pode fornecer elementos simbólicos que nos fortalecem ideologicamente na luta política.
O debate estético é no Brasil de hoje parte fundamental do debate político. Estejamos atentos ás novas manifestações artísticas periféricas, que expressam de fato o abismo entre a cultura oficial brasileira(representada no poder do Estado, das academias e da mídia burguesa) e a situação concreta da classe trabalhadora. Valorizemos tudo aquilo que em matéria de pintura contribui para o estabelecimento de laços fraternos entre o proletariado. Exaltemos a literatura que exprime o ódio contra a classe dominante. Estimulemos o teatro, o audiovisual e a música popular no que elas podem oferecer de mais libertário, de mais contestador. Por fim, que a esquerda saiba situar ainda mais a arte enquanto aliada no combate ao capital.
Este periódico é um pequeno front cultural a serviço dos interesses históricos dos trabalhadores.
Conselho Editorial Lanterna
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