terça-feira, 13 de maio de 2014

Somente uma Estética da Fome pode rebater o cinemão:

Enquanto qualquer outro ramo das atividades culturais, o cinema envolve uma opção de classe. Muitos cineastas mais interessados no filme enquanto mercadoria padronizada para as massas do que na realização de uma obra de arte capaz de educar/libertar os trabalhadores, se esquecem de que vivemos no Brasil. Um país em que estima-se pelo menos dezesseis milhões de faminto(isto chutando por baixo nos cálculos) deve exprimir exatamente o que em termos cinematográficos?Com toda certeza não são os filmes bonitinhos(verdadeiras expressões do pensamento colonizado por Hollywood) realizados atualmente no Brasil, as autenticas expressões do nosso povo nas telas.  
O cinema brasileiro, em sua diversidade estética e étnica, não pode fugir do desafio político de nomear pela imagem em movimento, o verdadeiro rosto do homem explorado pelo território nacional. Nada de realismo canalha que se parece com filme policial americano. Necessitamos de filmes violentamente poéticos, realistas, porém inventivos, capazes de devolver simbolicamente toda agressão diária que a classe trabalhadora sofre. Seria a nossa diversidade cultural incompatível com um cinema revolucionário? Abaixo o culturalismo reacionário! Diversidade cultural é arma na luta de classes e não antropologia despolitizada em forma de filminhos chochos. A nossa condição de povo explorado pelo imperialismo, seria  algo secundário nas telas brasileiras? Abaixo o economicismo com raizes liberais! Retomem a linha evolutiva do cinema brasileiro a partir de Glauber Rocha. Leiam, assistam e pratiquem uma Estética da Fome!

                                                                                         Lenito

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