quinta-feira, 8 de maio de 2014

Não importa o suporte, o que importa é o cinema de autor:

Hoje fala-se em vídeo pra cá, vídeo pra lá, mas raramente constata-se o essencial: a linguagem cinematográfica é o que fica, sendo o vídeo suporte que agiliza esta mesma linguagem. Não dá pra acreditar como muitos ainda não sacaram que com as novas tecnologias digitais, a produção audiovisual, que tem praticamente todos os seus antecedentes na História do cinema, dispensa o cinemão e exige um cinema realizado pelos trabalhadores.
  A visão colonizada de um cinema que existe em função das bilheterias, das grandes produções que movem milhões enquanto boa parte do planeta passa fome, ainda paira na cuca de cineastas vaidosos e do público sem referências para um cinema que comunique o real funcionamento da sociedade burguesa. Se nossa publicação insiste nesta tecla é porque julgamos o cinema uma expressão tremendamente avançada, que deve ser posta a serviço dos trabalhadores deste país. A realidade técnica é dada. O que falta é um trabalho de educação cinematográfica capaz de fazer o trabalhador entender que a câmera é um instrumento a ser utilizado por ele contra a ideologia dominante. Um pensamento cinematográfico de tipo revolucionário pedirá passagem nos próximos tempos.


                                                                                    Os Independentes

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