terça-feira, 20 de maio de 2014

Velhos cartazes, novos cartazes:

O cartaz é uma estratégia estética válida no ano passado e neste ano. Precisão, força comunicativa, fácil de transportar. Se as jornadas de junho de 2013 deixam um importante legado estético, este está longe de virar jornal que embrulha banana. A validade destes cartazes soma-se á novas situações políticas,aflorando a sensibilidade gráfica. Persistir na intervenção artística de protesto significa guerrear contra a simbologia da mídia burguesa, promotora de imagens que não correspondem aos fatos. A arte gráfica pode dar novo significado ás cores: opondo-se ao nacionalismo ela pode dizer que o verde é de raiva e o amarelo de fome. São os cartazes que também ajudam a criticar e questionar a tese furada de que o problema do Brasil está " no planejamento das cidades ", sendo que o problema central ainda está nas relações conflituosas entre empresários e trabalhadores.
  O legal mesmo seria se a arte gráfica continuasse acompanhando o ritmo dos movimentos sociais, tornado-se expressão direta da crítica e do inconformismo. Momento mais propício não há: com meio milhão de gringos chegando para a Copa, chegou a hora de expor pelo uso do cartaz, que as coisas neste país não estão nada bem.


                                                                                     Os Independentes 
 

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