sábado, 17 de maio de 2014

Virada Cultural e Luta de Classes:

É sob um agitado palco social que ocorre a décima edição da Virada Cultural em São Paulo. Protestos, conflitos, quebradeira, miséria aumentando, falta de água e viciados da cracolândia em um cercadinho.Diante deste quadro, qual deveria ser a concepção de cultura ou pelo menos de vivência cultural? Não é um problema de qualidade artística, de modo que as apresentações incluídas na programação contam com vários artistas interessantíssimos. A questão mora no fato da Virada Cultural estar desconectada das demandas estéticas ligadas ás lutas sociais, que estão se espalhando pelo país.
 A questão da arte, inerente á esfera da cultura, não se separa do conteúdo de classe. Quando a luta de classes está se acirrando no país, acreditamos que as formas artísticas devem exprimir os conflitos sociais; ou seja, mais urgente do que uma série de atrações que varam  a madrugada(que apesar de"  gratuitas " envolvem o gasto de 13 milhões pela prefeitura), é pensar a cultura sob o ponto de vista da crise econômica. Pertinente aqui não é a Virada Cultural mas a resistência cultural enquanto aspecto da contestação política.


                                                                             Geraldo Vermelhão 

Nenhum comentário:

Postar um comentário