sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A literatura depende de uma crítica marxista:

Literatura que é muito badalada, tem que desconfiar. Muitos elogios, muita puxação de saco, fazem do escritor alguém politicamente palatável. Já no caso da crítica literária o mesmo se aplica. Hoje em dia muitos críticos interpretam romances, contos, poemas e outros gêneros a partir de caminhos duvidosos para uma apreensão correta da obra literária.
 Enquanto que muito ficam fuçando na vida pessoal do autor para buscar paralelos com o que ele escreve, outros limitam-se a entender a descrição de personagens e situações apenas enquanto elementos soltos no tempo e no espaço. Estou pronto em admitir que dados biográficos de um escritor são importantes para se refletir sobre os aspectos formais e temáticos da sua escrita. No entanto, o bom e velho marxismo ainda nos ensina a olharmos para a literatura enquanto produto histórico, enquanto resultado social de uma época específica. Portanto a realidade econômica por onde o enredo de uma história se constrói é o micro-universo da História da qual o autor, o crítico e todos nós somos parte atuante. Os conflitos mentais dos personagens e a maneira como as tramas são costuradas, são explicadas criticamente pela análise dialética e pela reflexão ideológica que decifram as particularidades mentais(e políticas) de quem escreve. É isto ou impressões pessoais(para não dizer individualista) de quem apenas lê e não se esforça para interpretar.


                                                                                      Lenito 

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