quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A música relevante para os trabalhadores:

Se dermos uma geral em boa parte da produção musical ouvida pelas massas no Brasil e no mundo, fica difícil levar a serio a canção sob o ponto de vista político. Individualismo, apropriação banal de símbolos (religiosos, por exemplo), conservadorismo, musiquinha dor de cotovelo e noitadas vazias.  Entre os jovens mais contestadores, é natural que eles se voltem para a produção underground e para o trabalho de músicos que já passaram da casa dos setenta anos. Diante da brutalidade militar de Israel, das epidemias e da crescente miséria econômica no planeta, a música enquanto antena precisa estar altura do que os novos tempos exigem em matéria de som e protesto.
 Antes de se querer doutrinar jovens proletários e de classe média dentro de filosofias políticas como o comunismo e o anarquismo, seria estratégico para as organizações de esquerda  fazerem com que os garotos cheguem á estas formas de pensamento através da sensibilidade rebelada, presente nas canções de protesto. Este é um percurso importante, pois como Marx já dizia, é preciso ganhar não apenas a cabeça mas o coração das pessoas. Chegar ao coração pelo ouvido, pela música que anuncia mudanças sociais e exprimem o avanço na consciência política, é um dever que todo militante político deve valorizar em sua atuação. Os primeiros álbuns de Bob Dylan, por exemplo, são no mínimo inspiradores.

                                                                                          Tupinik

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