sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Uma escrita sem camisa de força

Ando absolutamente de saco cheio das convenções da escrita. Mais de um século se passou após as vanguardas racharem no meio as regras da literatura, e as pessoas que escrevem, sejam elas teóricas ou propriamente produtoras de textos literários, vivem com cadeados na língua. As regras gramaticais ficam apenas aporrinhando, cortando o fluxo da autentica linguagem, intimidando as imagens livres que o escritor evoca sobre o mundo.
 Esta queixa tem sido feita não apenas por críticos e escritores malditos, mas também por linguistas e estudiosos da língua portuguesa em geral. Quanto a mim estou com Oswald de Andrade e Glauber Rocha: é preciso buscar uma língua nova, livre e sem arcaísmos, para que ela possa de fato revelar o caldeirão muito louco que é a cultura brasileira. Não adianta falar em ideias revolucionárias no campo literário e ficar como um cordeirinho diante das imposições que a classe dominante coloca sobre a escrita. É BEM MIÓ, NÓIS SER ESCRITORES LIBERTÁRIO, do que ficar de chamego com regras. E que se dane a norma culta!


                                                                                             Marta Dinamite 

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